Moogle Nest

Tuesday, February 19, 2008

Porque eu assisto Big Brother Brasil

Caso você não saiba, eu assisto Big Brother Brasil. Algumas edições, mais fielmente do que outras como a do Jean que eu simplesmente não perdia um episódio sequer. O último BBB eu nem me interessei, não faço a menor idéia de quem ganhou. Este BBB atual seria mais um dos que eu nem me daria o trabalho de perguntar "quem foi eliminado?" na quarta de manhã, até que eu parei pra ver alguns momentos e ri à beça.
Tem quem diga que BBB é a pura e crua alienação da sociedade frente a hegemonia das mídias de entretenimento que querem, assim, sugar o último centavo de cada bolso do trabalhador brasileiro e, se possível, comprar sua alma no processo. Ou qualquer outro papo intelectual assim. A questão é que não importa muito o que o brasileiro estará vendendo para continuar assistindo o BBB todos os anos, seja sua alma, sua casa ou seu próprio toba. As pessoas deviam parar um pouco e pensar que a vida é deles e, ora dane-se, eles sabem melhor do que nós, críticos da realidade, o que querem fazer com qualquer uma das opções citadas. Se bem que eu não sei exatamente em qual área eu me enquadro: nas almas perdidas ou nos críticos intelectuais. Porém, se quer saber, acho que o lado ignorante e alegre do limbo Global tem uma grama bem mais verde.

Eu assisto BBB porque eu gosto. Eu adoro ver as brigas, os micos, os furos da produção, os atos combinados dos participantes, as intrigas, os romances, as traições. É quase como uma novela só que com mais desinibição e menos senso de ridículo, arriscando entrar no reino da redundância. É no mínimo interessante ver tudo que aqueles carinhas fazem lá dentro, as armações da produção da Globo para que a família brasileira não se sinta ofendida com as atrocidades cometidas pelos frequentadores da classe média/média-alta que eles botam para ganhar um milhão. Como invisível estudante do comportamento humano em suas mais diversas formas e fantasias - literalmente - , eu não me importo de gastar uma hora por dia para saber o que 14 pessoas fizeram de mais numa casa dentro do Projac, não me importo mesmo. Qualquer coisa que me faça rir mais de três minutos por dia já merece a minha atenção e perdoe-me se gosto de me divertir.
Com o quê eu me divirto? Ora, quem não gosta de ver o circo pegar fogo! Citando apenas desse BBB - e agora peço licença aos que não estão acompanhando nada dessa edição (ou qualquer uma) - , a Thalita era o que salvava esse BBB. Ela era tudo que a Globo tinha medo de colocar no ar, mas conseguiu mascarar muito bem atrás da cara de santinha e corpinho de gostosona da Playboy. Ela é, ou aparentou ser, escrota, grossa, por muitas vezes estúpida, sincera até demais, louca, desequilibrada, estranha, surtada e barraqueira. Os barracos dela lá dentro foram o que me trouxeram para a audiência do BBB. Eu não ia perder um barraco de primeiríssimo nível como aquele com a bêbada da Nathalia jamais. Para quem não faz idéia de quem eu estou falando, veja.
Neste BBB, também ando me divertindo bastante com a candanga Thatiana, doce (?) conterrânea e estudante do meu curso E universidade. Disse o professor de Teorias de Jornalismo que ela é muito, muito inteligente e aluna SS. Bem, depois que eu descobri que a Shakira tem 140 de QI, tudo é possível.

No mais, sim eu gosto de Big Brother Brasil. Se os intelectuais me acham alienada e fútil por causa disso, gostaria de declarar que eu adoro ser alienada e fútil e mesmo assim dar grandes risadas.

Monday, February 18, 2008

Avaliação prática...

... do primeiro dia de aula no segundo semestre de Jornalismo.
Eis meu horário semanal:
Segunda: Introdução à Antropologia seguido de Teorias do Jornalismo.
Terça: Língua Portuguesa II seguido de Estética e Cultura de Massa.
Quarta: Introdução à Antropologia seguido de Teorias do Jornalismo.
Quinta: Estética e Cultura de Massa seguido de História da Imprensa Brasileira.
Sexta: História da Imprensa Brasileira seguido de Língua Portuguesa II.

Primeiro, choveu. Choveu bem na hora que eu estava indo embora e isso me deixou extremamente irritada. O dia até estava legal, obrigada, até chover. Como eu disse, Brasília é uma cidade engraçada. Até às 10h da manhã estava um sol DESGRAÇADO arrancando minha pele vagarosamente e depois, pans, choveu.
Adorei o professor de TJol. Os meninos mais antigos da turma disseram que todo mundo acha ele gente boa, até passar pelas menções e aí sim começamos a vê-lo sob outra perspectiva. Eu não sei, eu adorava o Hércules de TCom no semestre passado, mesmo com as provas humanamente impossíveis que ele passava. Ele gravou meu nome na primeira aula. Não sei se é um ponto bom ou ruim. A professora de Antropologia é simpática e é, é.
Língua Portuguesa e Estética, eu vou ter com Publicidade e espero que eles deixem de lado as velhas rixas e sejam receptivos ou, no mais, alegres.

Acho que será um semestre proveitoso, mesmo que eu acabe trocando de curso quando eu voltar do Canadá e, se possível, de cidade. Posso dizer adeus à boa vida de acordar tarde, não estar tremendamente cansada no trabalho e ter tempo para ler livros em menos de uma semana.

Sunday, February 17, 2008

Novas aquisições livrísticas

- Fora da Trilha, porque parece que mais pra frente entra em cena um sky pirates ou, potencialmente, muitos sky pirates. E eu sou louca por sky pirates.
- Manual do Roteiro, porque é sobre cinema e é sobre roteiro e... é, é.
- Roteiro de Cinema e Televisão, pelo mesmo motivo acima e porque é recheado de citações maravilhosas de filmes e os 30 minutos que eu passei lendo esse livro na Livraria Cultura me deixaram doidinha.
- Elite da Tropa, presente do Guiga que eu queria faz tempo.

Lendo neste exato momento: Belas Maldições do Neil Gaiman e Terry Pratchett.
O apocalipse nunca foi tão divertido.
Após esse, passo para: terminar Cassino Royale e alimentar meu vício de Texas Hold'em.

Wednesday, February 13, 2008

Peculiaridades Brasilienses

Viver em Brasília é deveras interessante algumas vezes. É uma cidadezinha danada, essa aqui. O povo reclama, diz que não tem o que fazer, a cidade em feriados fica vazia, é cheia de políticos vagabundos - mas no fundo, bem no fundo, brasiliense não troca Brasília por lugar nenhum.
Em qual outra cidade você descobriria que o seu mais novo colega de trabalho transferido de Recife é melhor amigo de um velho companheiro que você conheceu no maternal mas parou de falar porque ele se mudou para Recife? Ou qualquer coisa neste estilo. Se o mundo é pequeno, o Distrito Federal é um ovo de codorna e Brasília é o cu da codorna.
Em qual outra cidade você poderia se formar no curso mais famoso da universidade federal: truco? Na UnB, o currículo completo é com as matérias Truco Mineiro, Truco Paulista, Truco Uruguaio e Truco Cego, seguidas de Probabilidade em Truco 1 e 2 e História do Truco. Matéria para créditos extras: Como Enrolar um Baseado.
Qual outra cidade tem um clima tão doido que nem o daqui? De manhã está um frio de rachar, ao meio-dia está um sol digno de Rio de Janeiro, a tardinha começa a chover que nem em São Paulo e ao noite volta a ficar frio pra restar a madrugada.
Qual outra cidade tem a maior concentração de barzinhos pé-de-chinelo abertos depois da meia-noite? É a diversão do brasiliense.
Qual outra cidade tem pessoas que não tem sotaque da região, já que todos falam todos os sotaques de todo o país, desde "meu" de São Paulo até "tchê" do Sul?
Qual outra cidade tem árvore no meio de uma das vias principais da cidade, que acabam, pela ordem natural das plantas, aumentando suas raízes e criando buracos/elevações/quebra-molas automáticos para pobres motoristas que frequentam a W3?
Qual outra cidade que tem milhares de canteiros em lugares bizarros, pontes para as classes média/alta chegarem mais rápido nos shoppings e viadutos que levam a lugar nenhum?
Qual outra cidade consegue trocar tão rápido de boates que geralmente duram menos de 3 anos?
Qual outra cidade tem um mapa baseado em trigonometria?

Viver aqui é um sonho com final apoteótico. Todo mundo fala que é uma merda mas todo mundo adora essa cidade. Confesse. :D

Sunday, February 03, 2008

Oh, The Places You'll Go!

You will come to a place where the streets are not marked.
Some windows are lighted. But mostly they're darked.
A place you could sprain both you elbow and chin!
Do you dare to stay out? Do you dare to go in?
How much can you lose? How much can you win?

And IF you go in, should you turn left or right...
or right-and-three-quarters? Or, maybe, not quite?
Or go around back and sneak in from behind?
Simple it's not, I'm afraid you will find,
for a mind-maker-upper to make up his mind.

You can get so confused
that you'll start in to race
down long wiggled roads at a break-necking pace
and grind on for miles across weirdish wild space,
headed, I fear, toward a most useless place.
The Waiting Place...

for people just waiting.
Waiting for a train to go
or a bus to come, or a plane to go
or the mail to come, or the rain to go
or the phone to ring, or the snow to snow
or waiting around for a Yes or a No
or waiting for their hair to grow.
Everyone is just waiting.


- Dr. Seuss

Eu fingirei que não foi isso que eu vivi e senti hoje, que foi apenas um erro biológico ou como diria Kurt Vonnegut, foram apenas os elementos químicos ruins dentro da minha cabeça.