Moogle Nest

Monday, April 11, 2011

bicho

Cake e The Zutons são tão lindos que eu fico chocada, everytime.

Friday, April 08, 2011

Feliz cidade

Imersa na minha dor - que atualmente desistiu de fingir que é só tristeza, montou uma barraquinha e tá queimando marshmellow -, vou arrumar o que fazer pra me distrair, porque se eu não fizer isso, vou ficar maluca já já.
Já disse, essa história vai acabar com todo mundo bem e eu com uma nova camisa, branquinha, de mangas longas.

Wednesday, April 06, 2011

Sai de perto

Eu avisei publicamente que não queria contato com humanos, porque sei que não estou no clima. Não avisei publicamente no meu trabalho - onde ninguém tem twitter -, mas achava que minha cara de poucos amigos era o suficiente pra ninguém tentar piadinhas comigo.
Ontem já tentaram e eu estava mais calma, não reagi, fiquei quieta. A pessoa até questionou se eu estava bem. Hoje veio de novo. Acho que mereceu a patada que dei. As pessoas ficaram meio sem graça.
Vidão.
 Todo mundo vem me perguntar se eu tô bem, "porque sua cara tá meio assim, sabe", e eu digo que tá tudo bem. Quando é alguém mais próximo, eu digo que to mal, mas não quero falar disso. Quando é o namorado, eu só olho pra cara dele e já desabo no choro. Não sabia que eu era tão expressiva pelo rosto, do tipo que quando estou mal, eu aparento estar mal.

Tuesday, April 05, 2011

Vergonha

Disseram-me que você está com vergonha e por isso sumiu.

A sua vergonha certamente bate a minha fácil numa briga, mas duvido que sua tristeza ganhe da minha decepção numa São Silvestre.

Monday, April 04, 2011

it won't be too long

Percebi como eu me entendo com a dor. Minha cabeça começa a funcionar a mil, quer seja para fugir dos problemas ou para pensar com maior clareza sobre os assuntos que me assombram. Eu passo a ter zilhões de ideias para posts de blogs, quero trabalhar com mais afinco na assessoria, talvez ir atrás de uma ou duas pautas sem ninguém me pedir, presto atenção até na aula de filosofia do primeiro semestre da faculdade. Tudo junto ao mesmo tempo agora, escondendo o que se passa dentro de mim. A verdade é que eu faço muito quando não consigo falar o suficiente.
Eu sou boa com discursos, com a fala, gosto de conversar sobre o que sinto e o que penso. Talvez porque tenho preguiça de escrever (ou digitar), mas minha cabeça vai mais rápido quando estou conversando. Esta é a excessão.
São tantos além de mim que nem sei por onde começar. Você ficou do meu lado, abraçado, me olhando, esperando saber o que aconteceu, e eu nem sabia com qual palavra eu iniciaria a frase. Será que eu não sabia mesmo? Ou será que eu sabia com qual vocábulo lhe contar tudo, mas não queria? Será que, depois de tudo que já vivi e deixei de viver, eu ainda sou essa menina boba que acha que se não for enunciado, é como se não estivesse acontecendo? Até quando essa barreira psicológica que criei irá se sustentar?
Eu sinto que não vai demorar muito.

Dor travestida, desinibida

Tem coisas que não se precisa entender. Tem coisas que apenas se sente. Lá, bem no fundo, onde machuca mais, bem ao lado do orgulho. São coisas que não fazem sentido, não para você, e que por vezes não vale a pena gastar seu tempo tentando entender os porquês, os talvezes. Os "e se"s. Porque o que foi feito, tá feito, no pretérito imutável.
Nunca senti uma dor assim, travestida de tristeza. Ela começou como um susto, como aquele jato de água fria que vem no meio do banho morno. Depois, veio a constatação da verdade, quando todas as suas memórias convergem para embasar a realidade que foi jogada no seu couro cabeludo, e quando até mesmo as que não compreendem o assunto decidem se unir contra o seu bom-senso. Então, junta-se as peças do jogo de adivinha e a decepção aparece. Ela dança na sua frente, zomba de você e da sua ingenuidade - ou da sua burrice. Daí, assim de fininho logo atrás da decepção, vem a tristeza, catando os pedaços que sobraram da sua sanidade. Ela vem, senta do seu lado, apóia o braço na sua cadeira e diz que vai ficar ali por uns tempos. Mas garante que vai embora, vou vou, e diz que enquanto estiver lá, vai te ensinar umas e outras. Depois, aí sim, vai embora, quem sabe atrás de outro, um amante.
A tristeza é traiçoeira, tenta sempre parecer boa-moça, daquelas que a gente acha que precisa na vida pra crescer e aprender. Mas, meu amigo, você não precisa dela, você não precisa de ninguém além de si mesmo.