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Sunday, November 21, 2010

Deadlines

Não faz muito tempo (na verdade, faz, mas comparando a distância entre posts, digo que não), eu fiz um post aqui afirmando que não sabia porque muita gente me detestava poraí. Hoje dissertarei brevemente sobre esta questão.

Eu genuinamente não sabia porque as pessoas me detestavam. Algumas (como a ex psicopata, a Festa Junina) eram motivos bem óbvios e até aceitáveis, dependendo do seu ponto de vista. Mas mesmo assim eu não entendia direito, porque, bem, eu sou legal. Juro. Trinta minutos de papo comigo e você vai ver. Contudo, nos últimos meses descobri o maravilhoso poder do "what's that on your face", ou do "antes só que mal acompanhado".
A grande questão que circunda seres humanos, e que provavelmente é responsável por muita guerra mundo afora, é a aparência. Como você se projeta para este mundão sem porteira. Não me venha com esse papinho ridículo de "não se julga livro pela capa". Todo mundo julga um livro pela capa, um DVD pelo pôster. Qual é o problema de julgar alguém pelo que ela aparenta ser? Você pode dizer que, no fundo, a pessoa é legal e só nasceu de cara feia mesmo. Eu vou te dizer que, depois de extensas análises no hábitat natural dessas criaturas chamadas homo sapiens sapiens, ninguém nasce de cara feia. Quando você é gente boa, você aparenta ser gente boa. Quando você é tímido, você aparenta ser tímido. Quando você é piriguete, nem de burca você parecerá levemente religiosa. Se você quer que as pessoas achem que você é simpática, começe sendo simpática. Não só com pessoas específicas, seja com todo mundo. É no mínimo hipocrisia querer ser simpática apenas com um grupo exclusivo e com mais ninguém.
Minha questão é que, por muito tempo, não projetei a imagem de gente boa da melhor maneira que eu era capaz, e aí entramos no ângulo "antes só que mal acompanhado". Você pode ser a mais simpática do mundo, mas se sua amigona ali ao lado anda com cara de bunda duckface pra geral, sua projeção será de bunda duckface as well. É a vida. Desde os primórdios da humanidade, seres humanos agrupam-se com semelhantes, então se você está se agrupando com uma duckface, pode ter certeza que você também é.

Compreenda: não estou passando a culpa pros outros por me julgarem errado ou pras pessoas com quem eu andava por me fazerem ter cara de duckface. A culpa é toda minha.
Clichê na área: a vida é feita de escolhas. Eu escolhi as pessoas com quem andei ultimamente. Escolhi porque gostava delas, porque elas me fizeram felizes e porque me deram apoio e foram amigas quando precisei. Então, não tenho vergonha em dizer que por muito tempo tive cara de duckface com orgulho.
No fundo, tinha algo errado. Mas, novamente, a vida é feita de escolhas e eu escolhi ignorar a sensação de que era feio fazer o que eu fazia. Era mais fácil fingir que era normal, fingir que não tinha nada, fingir que estava tudo na cabeça das outras pessoas, e negar até a morte que eu estava sendo duckface. É, realmente, mais fácil apontar o erro nos outros que enxergá-los em si. E, como nada é algodão-doce pra sempre, acabei me fodendo.

Tenho plena consciência (e fé) de o que fazemos, volta e meia, nem que leve 70 anos, vai voltar pra você em igual ou maior intensidade. Tenho certeza que o que recebi foi merecido por alguma atitude de algum momento de minha curta vida, e, por saber disso, fiz o que julgava mais correto. Se o que fiz foi errado, então terei o que mereço de novo e não tenho medo disso. Serve pra aprender.
Como disse pra muita gente, nunca queimei minha língua tantas vezes quanto neste ano. Por pior que isso possa parecer, eu fico muito feliz que tenha sido desse jeito. Antes queimar a língua percebendo seu erro, do que passar sua vida inteira achando que fez certo.
Já que Glee é minha sensação, e em reflexo à conversa esclarecedora que tive com minha amiga que gosta muito de Glee também, termino esta breve (breve porque se eu desenvolvesse as entrelinhas disso aqui, teria umas 5 páginas) divagação sobre o comportamento humano com uma fala do seriado:

Quinn: Miss Sylvester, I wanna thank you.
Sue: For what?
Quinn: For teaching me a valuable life lesson. When you really believe in yourself, you don't have to bring other people down.

Opa, mudei de ideia. Esse é mais apropriado:
Sue Sylvester: It's not easy to break out of your comfort zone. People will tear you down, tell you you shouldn't have bothered in the first place. But let me tell you something: there's not much of a difference between a stadium full of cheering fans and an angry crowd screaming abuse at you. They're both just making a lot of noise. How you take it is up to you. Convince yourself they're cheering for you. You do that, and someday, they will.

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